O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) variou -0,50% em maio, ficando 0,65 ponto percentual abaixo da taxa de abril (0,15%). Essa é a maior taxa negativa registrada desde o início da série histórica para Aracaju, em maio de 2018. Em maio de 2019, a taxa havia sido de 0,34%. O índice acumula no ano alta de 1,11%. No acumulado dos últimos doze meses, o índice registrou alta de 1,98%. Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, cinco tiveram deflação em maio (alimentação e bebidas; vestuário; transportes; saúde e cuidados pessoais; e, despesas pessoais).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 30 de abril a 28 de maio de 2020 com os preços vigentes de 31 de março a 29 de abril de 2020. Cabe ressaltar que, em virtude do quadro de emergência de saúde pública causado pela Covid-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março, a coleta presencial de preços nos locais de compra. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, que abrangem pesquisas realizadas em sites de internet, por telefone ou por e-mail.
O grupo que mais contribuiu para que Aracaju registrasse deflação em maio foi o de Transportes, que apresentou -2,30% de variação. Em termos de impactos em pontos percentuais (p.p.), considerando o peso mensal dos produtos e serviços na cesta de compras, o grupo de Transportes respondeu por 0,39 p.p. no total da variação mensal de -0,50%.
O resultado do grupo de Transportes foi influenciado pela variação dos preços dos combustíveis (veículos), que apresentaram queda de 6,8%. O maior impacto sobre o índice do mês veio justamente da gasolina (-0,32 p.p.), que teve variação de -6,75%. O óleo diesel teve comportamento similar, com variação de -8,34%, mas impacto de apenas -0,01 p.p., em razão do peso mensal menor na cesta de consumo. Já as passagens aéreas recuaram 19,2%, contribuindo com -0,09 p.p. no IPCA de maio.
No grupo Vestuário (-1,29%), o impacto foi de -0,07 p.p. em maio, o segundo mais significativo entre os nove grupos pesquisados. Para roupas, houve queda de 1,05% e, para calçados e acessórios, queda de 2,34%. O terceiro impacto mais importante veio do grupo Saúde e cuidados pessoais (-0,04 p.p.), que registrou queda de 0,27% no mês.
Produtos de higiene pessoal tiveram a maior contribuição, com queda
de 0,91%, mas houve queda também para produtos farmacêuticos (-0,53%). O
grupo Alimentação e bebidas apresenta a maior alta no acumulado do ano
(7,77%), mas também
registrou deflação (-0,17%) em maio, com impacto de -0,04 p.p. no índice
do mês. O maior impacto negativo veio do tomate (-0,14 p.p.), cujo
preço variou -21,21%. Por outro lado, a cebola teve alta de 18,14%,
gerando um impacto positivo de 0,08 p.p., o maior impacto positivo do
mês. As carnes também subiram 1,91%, com impacto de 0,06 p.p. em maio.
Por Portal Infonet, com informações do IBGE
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